Secretaria da Mulher e instituição filantrópica proporcionam oficina gratuita de bolos – Agência de Notícias

Fotos: Nathália Rodrigues/Secom

A aula especial foi ministrada na Uniten dando início a projeto que deve se tornar mensal com a participação de mulheres cadastradas

A Secretaria da Mulher, em parceria com o Instituto Vida de Confeiteira proporcionaram a um grupo de mulheres a oficina gratuita de confecção de bolos, na tarde desta quinta-feira (31), na Universidade do Trabalhador, Empreendedor e Negócios (Uniten), na Vila Barão. O local foi cedido pela Secretaria de Relações do Trabalho e Qualificação Profissional (Sert).

Foi a primeira de uma série de aulas que devem se tornar mensais, proporcionando formação e aprimoramento a mulheres interessadas em aprender uma técnica que pode se tornar uma nova carreira profissional para elas ou, ainda, complementação de renda para várias famílias.

“Fomos procuradas pela Angelica Hubner, uma das instrutoras do projeto, e vimos que era bastante viável para o nosso público. Nós acreditamos na ideia e fomos atrás do que era necessário para torná-la realidade, contando com a ajuda de parceiros da iniciativa privada, que doaram utensílios e os ingredientes para a aula. O bolo é importante porque atende vários perfis de mulheres. Pode ser útil para quem está iniciando uma jornada empreendedora e não tem muitos recursos para investir. Pode ajudar a mulher que trabalha e precisa complementar renda, mães atípicas, sem excluir também quem já está no mercado de trabalho. O intuito agora é que, a cada mês, possamos realizar uma nova edição desta oficina”, relata a secretária da Mulher, Rosângela Perecini.

Angélica Hubner, do Instituto Vida Confeiteira, contou o início de sua história pessoal, antes de se tornar uma confeiteira profissional: “Eu tinha 26 anos, e me encontrei sozinha, com a tarefa de cuidar do meu filho. Sem pensão alimentícia, com a casa sendo tomada pelo banco, endividada e prestes a ter água e luz cortadas. Tinha apenas R$ 5 e precisei decidir entre comprar algum alimento pro meu filho ou os ingredientes para fazer um bolo para vender. Resolvi fazer o bolo, mas a receita deu errado. Então, eu esfarelei toda a massa e transformei em um bolo de pote. Era a única maneira que eu tinha de empreender. Mas, com todas as dificuldades, eu não desisti. Fui em frente e digo que todas aqui têm a oportunidade de fazer o mesmo, aprender e ir em frente”, conta a empreendedora e instrutora. Mãe de dois filhos já adultos, ela conquistou o sucesso como confeiteira, até se aposentar e resolver fazer um trabalho, no Instituto, no qual pode compartilhar com outras mulheres todo o aprendizado que adquiriu nessa área.

A aula prática rendeu muitos bolos bonitos, cheirosos e saborosos. Mas não termina aí a jornada de aprendizados. Todas as participantes terão acesso a uma mentoria online, durante um período de seis meses. Durante esse tempo elas poderão buscar apoio e informação para todas as suas dúvidas, não apenas em relação à produção dos bolos, mas também no que diz respeito à condução dos negócios ligados à área.

Thaís Cristina Gomes Machado Silva foi uma das participantes. Moradora da Vila Formosa, na Zona Norte, ela ficou sabendo da oficina e resolveu se inscrever. “Eu já sei cozinhar um pouco. Às vezes, faço alguns bolos pra vender, mas quero me aprimorar tecnicamente. Este é o primeiro curso que faço. Inicialmente, pensando em complementar a renda da família. Mas, no futuro, meu sonho é poder abrir uma cafeteria”.

Eliane Aparecida Del Poço de Lima resolveu participar e sua mãe, Maria Aparecida, gostou da ideia e foi junto. “Eu já faço um curso aqui e quando soube deste aproveitei e fiz a inscrição. Minha mãe também quis e, mesmo tendo feito bolo para a família a vida toda, sempre tem algo para aprender. Diferente do meu caso, que não sei cozinhar nada e quero aprender (risos)”, conta Eliane.

Cleusa Antônia Santos, moradora da Vila Jardini, também aluna da Uniten, do curso de cuidadora de idosos, descobriu a oportunidade de fazer a oficina de bolos e resolveu aproveitar. “Estou adorando. A instrutora é muito inteligente e eu tenho muito interesse em aprender. O conhecimento não ocupa espaço e quero me aperfeiçoar nessa técnica. Em princípio, não tenho planos de abrir um negócio, mas, quem sabe?”, ela opina.

O resultado final da aula foi de encher os olhos e, também, de abrir o apetite.