Nada de novo no front: impressões sobre o filme alemão  – Culturadoria

7 de dezembro de 2022 Off Por admin

Nada de novo no front é o filme escolhido pela Alemanha para disputar uma vaga no Oscar 2023

Por Carol Braga

Em geral, os filmes de guerra impressionam pelas cenas de violência, pela brutalidade. Nada de novo no front é claro que tem todos os clichês desse gênero. O longa está disponível na Netflix.

Mas tem um aspecto que particularmente chamou minha atenção. Há muita produção na guerra. Por exemplo, quem fica com os uniformes daqueles que já morreram? Como eles controlam os nomes de quem morreu, de quem continua na batalha? 

Esses dois pontos me parecem algumas novidades do filme alemão que concorre com Marte um a uma vaga no Oscar 2023, categoria de melhor filme internacional. Em resumo, não tem muito mais do que isso. 

Trama

Dirigido por Edward Berger, a história se passa em 1917. Jovens recrutas se alistam para a guerra, empolgadíssimos com a possibilidade de lutar. Primeiramente, na alegria deles há, nitidamente, muita ingenuidade. Porém, logo ali já são vítimas de um processo de persuasão e frieza por parte do governo.

A ficha só cai no campo de batalha. O confronto com os franceses acumula corpos e quase nenhum avanço. Enquanto as esferas superiores, no conforto de onde tomam decisões, negociam cessar fogo, jovens morrem. São números.

Vazio

Nada de novo no front não tem necessariamente uma narrativa capaz de prender o espectador. É a guerra pela guerra, e só. Sendo assim, as quase três horas de filme se tornam enfadonhas, arrastadas. É a guerra pela guerra. Horror pelo horror. E, sinceramente, já vimos esse filme antes.

Nada de novo no front. Foto: Divulgação/Netflix