A épica abertura de Game of Thrones

16 de julho de 2022 Off Por admin

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Game of Thrones, sucesso da HBO, é uma adaptação d’As Crônicas de Gelo e Fogo de George R. R. Martin e conta as aventuras das grandes Casas dos Sete Reinos em busca da conquista do Trono de Ferro e consequentemente do controle de Westeros. Guerras, intrigas, alianças, rompimentos, traições, mortes, vingança, mistério e muita magia varrem o território medieval de Westeros à Essos. Nem todos estão a salvo, a noite é escura e cheia de terrores, ventos frios sopram do norte e o inverno chega para todos que jogam o jogo dos tronos.

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A abertura foi desenvolvida por Angus Wall, diretor criativo da Elastic, empresa que trabalhou anteriormente com a HBO nas aberturas de Rome, Big Love e Carnivale, este último rendendo um Emmy. A sequência foi baseada nos mapas presentes nos livros, desenhados pelo próprio Martin, tudo ao som de um instrumental produzido por Ramin Djawadi.

O domínio territorial é importante para a construção da trama, e foi pensando nisso que os produtores fizeram da abertura um passeio por todas as locações dos episódios. Cada ponto ali presente representa os locais pelos quais a trama passará naquele determinado episódio. Ou seja, se a câmera não mostrar nenhuma locação além do Mar Estreito, já temos a certeza, desde antes do início, que não teremos Daenerys naquele episódio. O mapa na abertura tem o objetivo de transportar o telespectador àquele novo mundo.

 

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Todas as construções, como o castelo de Winterfell, foram desenvolvidas a partir de materiais disponíveis no período medieval, como couro, madeira e ferro. Como tudo tinha que parecer ter sido criado naquela época, a principal referência foi Leonardo da Vinci.

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Cada estrutura nasce da terra, enaltecendo a importância dela e emanando noções de domínio, força, territorialidade e poder. Tudo cresce de forma mecânica, impulsionado pelas engrenagens da política e da guerra. Os castelos são edificados a partir de botões que determinam a casa dominante. Esses botões também podem aparecer após a edificação, como destaque.

As construções são fieis a descrição dos livros, respeitando os detalhes e destacando elementos essenciais, como Porto Real com a Fortaleza Vermelha e o Grande Septo de Baelor, o Portão dos Cavalos em Vaes Dothrak, os tijolos vermelhos de Astapor e a grande árvore coração no Bosque Sagrado de Winterfell. As localidades também foram respeitadas, principalmente no que condiz aos relevos, como o Ninho da Águia no topo de uma montanha, Correrrio no encontro do Pedregoso com o Ramo Vermelho e Pyke nas Ilhas de Ferro. É possível identificar até a Estrada do Rei.

A perspectiva do mapa é única. Enquanto a maioria é plana e reta, a usada na abertura é côncava como uma redoma. O objetivo desse modelo é deixar obscuro os cantos do mapa, ocultar as fronteiras, não revelar um fim, afinal, não sabemos até onde Martin irá explorar.

 

Florence Dome usada como base para a perspectiva da abertura e uma passagem no qual essa perspectiva fica evidente Florence Dome usada como base para a perspectiva da abertura e uma passagem no qual essa perspectiva fica evidente.

 

Tudo é iluminado por um sol, um sol que nasce para todos, revelando que todos são capazes e possuem força e poder para conquistar o tão cobiçado trono. O sol serve como ponto de vista, desbravando todo o mapa.

O sol é composto por arcos com detalhes gravados em relevo, uma espécie de easter eggs, revelando um pouco do passado recente de Westeros ao longo de toda a abertura.

É possível identificar três passagens: a Perdição de Valíria, com barcos e uma grande dragão fugindo do cataclisma; a Rebelião de Robert, onde o lobo Stark, o leão Lannister e o veado coroado Baratheon destroem cada uma das três cabeças do dragão Targaryen e por fim, a ascensão de Robert ao poder, aonde os símbolos de cada Casa vem jurar lealdade ao veado, é possível identificar o urso Mormont e o javali Crakehall. Nos arcos internos, percebe-se ainda o brasão de cada uma das grandes Sete Casas de Westeros.

 

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Os detalhes caem até sobre o nome dos atores. Cada nome vem com o símbolo da casa a qual o respectivo personagem pertence na frente. Mas é aí que reside um defeito, durante os primeiros episódios da primeira temporada, nomes como Emilia Clarke (Daenerys Targaryen) e Sophie Turner (Sansa Stark), traziam consigo um símbolo errado, Lannister e Targaryen, respectivamente. Nem tudo é perfeito desde o princípio.

A abertura de Game Of Thrones foi premiada com um Emmy em 2011.

Confiram as aberturas da primeira a terceira temporada:

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=XcsgSj_MLTo[/youtube]